segunda-feira, 23 de março de 2009

que dia enfadonho

calor insuportável, sequela do fim de semana, coisas atrasadas, aulas perdidas, falta de vontade…

é em dias como hoje que eu fico pensando sobre a vida… hoje foi o dia da vida financeira; como é que algumas pessoas conseguem fazer dívidas astronômicas e mesmo assim dormir bem ao fim do dia? quando fico dois dias devendo alguma coisa, não consigo dormir, tentando pensar numa solução para resolver o problema o quanto antes para dormir tranquilo, pensar em coisas boas, ao invés de ficar matutando ideias nem sempre aplicáveis.

o ser humano é engraçado, mas ao mesmo tempo muito hipócrita. somos os piores animais vivos da face da terra? comemos sem ter fome, bebemos sem ter sede e transamos sem os propósitos reprodutivos da nossa espécie… então?

mas é bom né….. comer uma comida deliciosa até encher a barriga e se sentir como se fossemos explodir, beber até cair no fim de semana numa festa boa com boas companhias, transar com aquela mulher que a gente sempre quis preocupando-se, sim, com o carater reprodutivo da coisa, mas pelo lado inversao, é claro.

nesse fim de semana eu não comi muito, não transei com ninguém, mas em compensação….. isso tá ficando muito pessoal.

voltando à hipocrisia do ser humano. conheço pessoas que insistem em fazer coisas erradas, sabendo que estão errados; que insistem em colocar uma máscara no rosto para poder sair na rua, mesmo sabendo que todo mundo sabe que aquilo é uma máscara, uma máscara suja, fedorenta, horrível, que um dia vai insistir em não grudar mais naquele rosto. e daí, o que sobra disso tudo?

vale a pena viver assim?

sei que odeio hipocrisia, e que o dia de hoje foi modorrento, hipócrita e enfadonho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

l’amour dure trois ans

o escritor francês frédéric beigbeder escreveu um livro muito interessante e engraçado cujo título é o título deste post. l’amour… fala sobre o tempo que supostamente o amor dura entre um casal: 3 anos. como é que pode?

segundo o autor, depois de um primeiro ano de paixão, vem um segundo ano de ternura para enfim ter um terceiro ano de desgraças, culminando com a separação.

que o primeiro ano é de paixão, não há dúvidas… aquele fogo que arde no meio das pernas dos amantes não se detém… as pernas tremem, o coração dispara, o estômago enche de borboletas, os olhos não miram outra coisa, o perfume é bom, a pele é macia, os cabelos sedosos, os pés lindos, as mãos suaves, ou seja, tudo ótimo.

aos poucos essas sensações vão se diminuindo… é verdade. os olhos já procuram outro corpo, tudo virou um pouco rotina, já se sabe o que se gosta, já se conhece a forma de dormir, de comer, de trabalhar, as manias mais chatas começam a aparecer, são toleráveis, mas já são notadas, briguinhas ridículas estouram, mas o amor ainda supera os desprazeres.

aí, o inferno começa… não dá pra escapar dele. quando toca o telefone, o primeiro pensamento: ela de novo! não aguento mais! a respiração incomoda, a mão que vem buscar a outra mão é fria, mole, áspera, o sexo é uma merda, os carinhos minguaram, não dá para dormir junto, sempre se tem uma desculpa pra tudo, para não fazer nada juntos, é o fim…

mas por que, então, o casal continua junto se não se tem mais aquele bem estaar, aquele prazer indescritível de se estar ao lado, de dividir uma cama, de dividir um sorriso, de compartilhar emoções…

não sei.