terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

reflexão da vergonha alheia

hide-behind-handsapós refletir um pouco, conversar com algumas pessoas e reler meu post anterior, me fez pensar… pensar que eu, talvez, esteja enganado em relação ao que escrevi.

fiz um pré-julgamento de pessoas que eu não conheço e que, de alguma forma, podem até ter me desejado boa sorte na minha caminhada rumo ao caminhar. você, prezado leitor, também refletiu dessa forma após ler o meu post anterior? eu acho que muitos dos que leram devem ter pensado assim. que é uma estupidez da minha parte pensar assim.

então, quero, aqui, publicamente, me desculpar com aquelas pessoas que me cumprimentaram e tiveram a bondade de me desejar coisas boas enquanto eu as pré-julgava de forma egoísta e egocêntrica. desta vez o chato, desproporcional, fui eu mesmo. too bad.

pra terminar, prometo, não pré-julgar mais ninguém desta forma estúpida e grosseira. mas não vou apagar o post anterior para que fique como uma lembrança do que não fazer a partir de agora. não agir de forma egoísta, desproporcional. espero que você, caro leitor, também tenha refletido desta forma e, a partir de agora, também não julgue as pessoas pelas atitudes delas que, querendo ou não, podem ser de pura boa vontade para com um ser humano que está ali, por consequencia do destino, parado, esperando alguma coisa e chame a atenção, seja por estar numa cadeira de rodas, seja por estar com uma cara fechada e tristonha. este blog tem a intenção de ser humanista e não o foi no post anterior. I’m so sorry about that.

eu falei que escreveria sobre vergonha alheia no post anterior, mas não tinha nada sobre vergonha alheia lá. enganei você, amado leitor. e enganei a mim mesmo, ao pensar daquela forma. ato falho meu. mas eu to aprendendo ainda, então, me sinto aliviado por escrever este post aqui, refletindo sobre mim mesmo e sobre as minhas atitudes como ser humano. que como todo e qualquer ser humano, erra. mas não insiste no erro. pede desculpas por ter errado. sente-se mal por ter errado. e segue a vida, no seu ritmo normal de cada dia. saravá!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

vergonha alheia ou os seres estranhos que me cumprimentam na rua

porque as pessoas tem o costume de cumprimentar estranhos nas ruas? digo isso porque fiquei esperando a minha mãe por quase uma hora, hoje, na rua, sentadinho na minha cadeira de rodas em um lugar público e várias pessoas se acharam no direito de me cumprimentar… estranhos!!

imagesvocê, caro leitor, já passou por isso antes? acredito que sim, porque isso é uma prática muito difundida entre os seres que não tem noção, os chatos. e todo chato é desproporcional, já dizia um grande amigo que já se foi.

falta bom senso às pessoas e elas acham que estão agradando ao me cumprimentar na rua. talvez me cumprimentem por pena de ver um paraplégico sozinho na rua, sentado na sua cadeira de rodas, esperando por alguém. coitado, devem pensar, e me cumprimetam, sem pestanejar.

eu nunca cumprimentei um estranho na minha vida. não acredito que isso faça alguma diferença na minha, ou na sua vida, prezado leitor, mas anyway

me deu vontade de externalizar esse meu sentimento em relação a esta situação, no mínimo, constrangedora, não pra os chatos, aqueles, desproporcionais, mas para mim, que me sinto invadido, tendo a minha privacidade atropelada. que coisa mais doida isso. é a famosa frase: sinto vergonha alheia. vergonha dos sem noção que cumprimentam um desconhecido na rua. chatos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

caxias do sul

este texto é um agradecimento. quero agradecer aos meus amigos, que vieram me buscar e me trouxeram de volta a santa maria. quero agradecer aos amigos que eu vi, aos que conheci e já são meus melhores amigos; e também quero agradecer aos amigos que eu não vi, por pura falta de tempo. encontros e desencontros… quem nunca os teve na vida, hein, caro leitor?
lost in translation
a sempre bela scarlett johansson, estrela do filme encontros e desencontros que não me deixa mentir. a vida é feita de encontros e desencontros, por muitas vezes acontecidos por escolhas que fazemos no nosso dia a dia. às vezes eles acontecem por culpa (ou sorte) do destino; não estamos esperando que alguma coisa aconteça e puft… aconteceu!
eu, por exemplo, já me encontrei e me desencontrei inúmeras vezes, sometimes por opção própria, sometimes por acaso do destino. considero, acho que, para a surpresa de muitos que estão me lendo agora, na frase a seguir, que o meu acidente foi um encontro. um encontro comigo mesmo, com a minha família, com os meus amigos, e até com as minhas ex-girlfriends. é verdade, garboso leitor! eu aprendi (e ainda to aprendendo) a me conhecer melhor, a me entender melhor, a entender melhor o meu papel nesta vida, a compreender coisas que eu não queria compreender. eu aprendi que a nossa família é o bem mais precioso que a gente pode ter (mesmo que às vezes eu não demonstre isso); sem a minha família eu não sei onde eu estaria hoje. eu também aprendi (mas isso eu já sabia um pouco) que os AMIGOS que a gente faz são para sempre, não importe o quão longe se possa estar; e que a gente tem muitos “amigos” também. aprendi a separar o joio do trigo. e considero o meu acidente um encontro, apesar de ter me afastado da cidade que eu aprendi a gostar e onde cultivei tantos amigos queridos.
já me desencontrei muito nessa vida também… quando, por bobagem, coloquei o primeiro cigarro na boca, lá pelos idos de 1992/1993; quando morei em porto alegre, apesar de amar a cidade – porto alegre não me quis naquele momento –; quando fiz merda na minha adolescência, e também na minha fase adulta; quando me deixei levar por más influências.
enfim, prezado leitor, acho que me fiz entender. agradeça pelo fato de estar vivo e de poder ter encontros e, porque não, desencontros, nem sempre eles são ruins. foi num desses desencontros que eu conheci um dos maiores, se não o maior amor que eu já tive. amor ao qual eu me deixei levar até onde ele quis; amor ao qual hoje eu tenho um grande apreço, e um sentimento de gratidão eterno, pois aprendi muitas coisas com ele. amor que vai morar dentro do meu coração pra sempre.
atualizado em 15-02-2011
 "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." Vinícius de Moraes