sexta-feira, 30 de abril de 2010

o retorno de jedi, by ekaterina czipemula

este texto é retirado do blog de uma amiga que prefere o anonimato, mas me deixou publica-lo, sob a condição de não revelar quem é. eu amei o texto e espero que você, estimado leitor, também curta:

"Vamos imaginar um deserto ok? Uma montanha e um penhasco também. Vc lá em cima na montanha. Imagine agora q alguém te empurra para o nada.

Uma queda livre que provavelmente provocará muitos, mas muitos estragos. Ao chegar ao chão, bem lá no fundo do abismo, suas pernas, seus braços, seu corpo todo dói. A dor parte sem dó ao meio a sua alma, sua esperança, seus sonhos. Tudo é arrebentado. Você não tem a miníma idéia de como vai conseguir sair dali. Aliás, vc nem tm como pensar em algo q não seja toda a dor.

O tempo passa, não precisa muito e as coisas começam a voltar ao lugar, vc finalmente já consegue estabelecer alguns pequenos raciocínios. A primeira coisa que olha é para cima. O tamanho assusta. Mas ficar ali em baixo além de ser bem pior não te levará a nada.

Então começa a escalar, pé por pé a montanha, parece longe. Varias e varias vezes inutilmente você tenta achar uma solução uma saida que não seja tão dolorosa quanto aquela. A força não é a mesma que a esperança, bem diferente, ou uma ou outra estará faltando.
As pqnas quedas, não são mais sentidas. Afinal dor por dor tu já conhece a maior e pior. Sobe. Não olha para trás, é dificil mas não olha. Dia após dia, os obstáculos vão se extinguindo, a força revigorando, a dor esquecida, ainda sentida quando a ferida é tocada, mas esquecida... e a esperança tomam conta de você. É assim que se volta ao normal. Não se esta no topo do mundo, mas nem no buraco da alma.

É ai que você deita na grama molhada, mesmo no frio, olha as estrelas e pensa que tudo aquilo é uma besteira. O que fazer? O que dizer? Ah, O QUE DIZER??? Nada, nada nada!! Apenas permaneça deitado por algum tempo. Apenas o tempo necessário para reaver seus erros e seus acertos. A queda, a complicada subida. Todos limites foram postos em prova... Você sobreviveu de novo. Sozinho."

o último texto da cinderela

muitas pessoas já sabem quem é a minha cinderela. no último sábado várias pessoas a viram comigo, ligaram os pontos e vieram me perguntar se era ela "a" cinderela dos meus sonhos, devaneios, palavras e tudo o mais. não tive como negar; e não nego que não queria negar, apesar de estar envolvendo um ser humano, de carne, osso e sentimentos, como eu, nas minhas histórias.

nos últimos dias conversamos muito sobre isso...

e decidimos que, a princípio, aqui no blog, esta seria a última história envolvendo a cinderela. eu estou há dias tentando escrevê-la, mas não está fácil; vários motivos dificultam essa tarefa: eu curto a história da cinderela (ela também); a curiosidade em torno da pessoa real ainda existe, apesar de ter sido desvendada por muitas pessoas; com o tempo a gente foi criando uma história de conto de fadas surreal entre duas pessoas extremamente reais que acabou por nos assustar quando a realidade bateu à nossa porta, mas isso foi bom porque aprendemos a lidar com a situação. mas enfim, eu não tenho o direito de expor uma pessoa ao público em função dos meus devaneios e sonhos.

pra mim, sempre vai haver uma cinderela. nos meus sonhos e na minha realidade. mas aqui vai o fim da cinderela no blog:

"em breve eu vou viajar. cinderela também vai. ambos iremos para caminhos muito distintos, mas ambos sairemos em busca de realizarmos nossos sonhos. mestre cartola dizia em uma de suas letras que o mundo é um moinho, ou seja, que ela dá muitas e muitas voltas. eu tenho certeza de que eu ainda vou me encontrar com a cindereela em muitas destas voltas e que todos os encontros serão mágicos, únicos e sublimes, como sempre foram os momentos em que passamos juntos.

nos derradeiros dias meus em caxias do sul, vi pouco a cinderela. por opção. tivemos medo de nos envolvermos demais a ponto de sofrermos pela distância que, implacavelmente, nos colocaria em caminhos diferentes em pouco tempo. de toda sorte, resolvemos nos ver, nem que fossem por alguns minutos, nos três dias que antecederiam o meu retorno. e assim foi. conversamos muito. falamos de futuro. do presente. da vida. dos nossos sonhos. de nossos problemas. muitas coisas.

o que eu posso dizer é que nossa despedida foi simples e feliz. que ainda mantemos contato e que, se depender de mim, o manteremos para sempre pois ela é uma pessoa que eu quero ao meu lado, seja como for, e ela sabe disso."

querido leitor, sinto muito pelo fim das historinhas da cinderela, mas é o melhor a se fazer. não me julguem, nem fiquem bravos comigo. se olharmos para dentro de nós, em nossos corações, veremos que cada um de nós tem um conto de fadas pra chamar de seu. ou não?

poeminha

fiz esse poeminha para a cinderela, depois de ler um poema de Mário Quintana:

Aplica-se a nós? Sim? Não? Faz sentido?
Não sei, ainda não pensei.
Mas quero que seja, seja quando for,
Por que te desejo, um desejo de amor.

domingo, 25 de abril de 2010

stand by me

cinderela me fez chorar hoje a noite... =)

sábado, 24 de abril de 2010

eu quero mais

aqui eu pensando na vida e de repente me surge, do nada essa frase: eu quero mais.

há umas semanas atrás a cinderela me incentivou a sempre querer mais, para ter mais. o engraçado de tudo isso é que o que eu mais quero mais não quer que eu queira mais do que eu quero.

life's funny! i'm confused

arte e sociedade

chupinhado daqui.

“Ainda faltam cinco meses para a 29.ª Bienal de São Paulo ser aberta ao público, mas um verdadeiro exército de professores já está sendo preparado para ela. O objetivo do Projeto Educativo da exposição é dar formação para 20 mil docentes de escolas públicas e particulares e, com a ajuda deles, atingir 400 mil alunos do ensino básico.

“Este ano a parte educativa foi intensificada e os professores passaram a ser público prioritário. São os professores que preparam as crianças para vir à Bienal”, afirma Stela Barbieri, curadora do Projeto Educativo. “É uma grande ação política. A Fundação Bienal se propôs a ter um Projeto Educativo permanente, pois a educação se faz a longo prazo.”

Para Stela, o investimento em ações de educação é uma necessidade estratégica. “No Brasil, onde o ensino de artes ainda é deficitário, as instituições culturais acabam assumindo a função de formação do público”, diz.

Os cursos em parceira com secretarias de educação de outras cidades estão sendo pensados caso a caso. Da rede estadual, 7,5 mil professores participarão de um curso a distância. Docentes de escolas estaduais, educadores de organizações não-governamentais (ONGs) e líderes comunitários também serão capacitados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.”

Este texto é uma cópia “literalmente” interessante de uma atitude que possa fazer sentido ou dar sentido as coisas pelas quais se devem dar importância. A Arte é o flogisto de nossa capacidade criativa e, portanto, necessária para conseguirmos viver com capacidade de sermos eficientes perante esse novo mundo que se nos apresenta. É um desafio e por ser exatamente um desafio se faz necessário; pois, só há evolução onde podemos ser desafiados. o resto! é pura cópia do cotidiano: que já está por nosso pensamento mais do que assimilado.

desafio e Arte é meu tema!!!

viver é para isso, mudar e se expandir sempre diferente daquilo que já sabemos.

saravá.

apesar de ser um texto extraído do jornaleco o estado de são paulo, meu amigo mou sabe o que diz.

MGMT - Kids

eu e a cinderela amamos essa música…

sexta-feira, 23 de abril de 2010

amores

caro leitor, uma perguntinha básica a respeito do amor: é tão difícil assim se deixar levar por um amor? por que a gente vive medindo e comparando os nossos sentimentos? é realmente necessário fazer o joguinho do amor?

eu sou ariano, não sou muito crente em horóscopos e coisas do gênero, mas pelo fato de ser ariano e mal comparando as minhas atitudes com as de amigos e amigas arianas, vejo que nós temos uma tendência quase suicida de se jogar de cabeça em todo e qualquer relacionamento que julgamos valer a pena. imagine a cena: uma cachoeira de 100 metros de altura, um pequeno lago lá embaixo. eu pulo. foda-se. se o lago for fundo, beleza, vai ser um mergulho magnífico. e se não for…?

pois é. geralmente não é. geralmente o ariano se fode por fazer coisas demais, por pensar demais, por achar que é tudo com ele, por agir de forma desproporcional, desmedida, intuitiva, intensa…  bom, a gente faz o que pode e o que não pode para tentar encantar alguém, sem frescuras, sem joguinhos, de coração aberto, mas no fim das contas, quando a gente se dá conta, já entrou no joguinho. aí entra a demora pra responder uma mensagem no celular, retornar uma ligação, etc.

eu não gosto desse joguinho. eu gosto das coisas claras. preto no branco. sem frescuras. sem combinações e arranjos, sem enganos, mentirinhas e bobagens do gênero. aí, sabe o que acontece: eu tomo no cu (desculpe o palavreado). sempre. e vai ser sempre assim. eu sou um idealista que acredita sempre no amor.

onde isso vai dar? eu não sei. mas eu vou continuar insistindo nas minhas ideias e naquilo que eu acredito e não vou fazer joguinhos com ninguém. nem com a cinderela. eu sou autêntico, verdadeiro, honesto e totalmente incoerente por fazer isso contra tudo e contra praticamente todos. sabem o quê? I DON’T GIVE A SHIT !!!

quero meu amor de conto de fadas e vou morrer tentando encontrá-lo.


(Nota do blogueiro: este texto expressa somente as minhas ideias e vontades e de mais ninguém)

as pedras, as rochas e o castelo

é de tarde. o tempo está feio. uma garoa fina lá fora. frio. e contra todos os prognósticos, eu resolvi sair debaixo das minhas cobertas quentinhas e saí de casa. quero aproveitar meus últimos dias em caxias antes de voltar para casa.

hoje não falei com a cinderela ainda. estou esperando um contato dela, que ainda não veio. de toute façon, me sinto bem. sei que o castelo branco está inteirinho, todo ornado com aquelas flores brancas e amarelas, e com um lindo jardim ao redor. no castelo branco o tempo nunca fica ruim. sempre tem sol, a temperatura é agradável e se ouvem pássaros cantarolando o tempo todo. a grama é verdinha. os arbustos são cheios de flores.

em menos de uma semana eu vou embora, mas um pedaço de mim vai ficar aqui. se isso é bom ou ruim, só o tempo vai dizer. se eu estou certo em querer manter esse castelo de pé, só o tempo vai me dizer, também. antigamente isso me incomodava, hoje não me incomoda mais. acho que amadureci. e além de ter amadurecido, aprendi a lidar com as pedras que sempre se colocam no nosso caminho.

você, amigo leitor, já sabe o que fazer com as pedrinhas que se colocam no seu caminho? estes dias eu escrevi sobre as rochas que nos cercam; família, amigos, amores, conhecidos, desconhecidos. você pode usar essas pedrinhas e construir rochas ao seu redor, que lhe ajudem a superar momentos difíceis. você vai ver. elas sempre serão úteis. eu recolho todas as que eu encontro pelo meu caminho.

faça a sua parte, recolha as suas, e faça coisas boas com elas. =)

pão de queijo

desde um pouquinho antes do meu acidente eu não fazia nada na cozinha. eu gosto de cozinhar. gosto de brincar com as comidas e temperos e fazer coisas novas, interessantes. mas desde o meu acidente eu tinha perdido essa vontade. não sei bem explicar o porquê, mas eu meio que desisti de cozinhar, ou de fazer coisas na cozinha. até hoje de manhã.

sei que a cinderela ama pão de queijo. sei que fazer pão de queijo não é fácil. eu gosto de aventuras e adversidades. resolvi fazer uma receita de pães de queijo para a cinderela, afinal, tudo o que a gente faz com amor e carinho, sempre dá certo.

então… nesta manhã tipicamente caxiense, me pego literalmente com a mão na massa, começando a minha receita de pão de queijo especial para a cinderela. sem suspense, deu tudo certo. os pães ficaram bons, não perfeitos, mas bons, e ela adorou. não apenas os pães mas o fato d’eu te-los feito.

bom, eu ganhei um bolo de chocolate e devolvi com pães de queijo. é uma boa troca. =)


(nota do blogueiro: corrigi o texto permeado de erros de digitação. culpa do rivotril)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

a rocha

no dias de hoje, em que tudo muda constantemente, é difícil pararmos e pensarmosem como as coisas simples da vida nos fazem bem e são importantes. a gente está sempre com um pé lá na frente, tentando prever o nosso futuro o tempo todo, vivendo o futuro, sem olhar para o passado, em busca de aprender com os nossos erros e acertos, e menos ainda vivendo o presente. e quem não vive o presente, não se dá conta de que somente o vivendo é que temos como construir um futuro.

hoje eu acordei pensando no meu presente, no que eu faço diariamente para melhorar a minha vida e a daquelas que me rodeiam. também pensei no qe eu não faço. e cheguei à conclusão de que eu preciso fazer muito mais. eu recebo diariamente força, apoio, ajuda, física ou mental, de um monte de pessoas, de gente que eu nem conheço até; são coisas que não se pagam com dinheiro. isso tudo não tem preço. não adianta eu chegar com uma máquina etiquetadora e colocarpreço em tudo o que me fazem, apesar de várias coisas terem preço (meu pai que o diga); mesmo assim, o que fazem por mim, é impagável.

há pouco eu estava falando com a minha mãe sobre várias coisas, e ela me comentou uma história que ela ouvira, sobre uma rocha, sobre alguém que tem uma rocha, um porto seguro; um alguém em quem se apoiar nos momentos necessários. hoje, eu percebo que eu tenho várias rochas ao meu redor; quando uma some, tem aquela do lado, e logo vem outra no lugar daquela que sumiu. cada rochinha é diferente e tem o seu papel na minha vida. eu sou grato a cada uma delas, que não me deixam afundar, nem cair na lama.

você, caro leitor, já parou para ver se você tem a sua rocha?

terça-feira, 20 de abril de 2010

special people still exists

aos poucos vou me habituando a esssa vida que eu não pedi. vou percebendo as reações das pessoas que estão ao meu redor; como elas me olham, como elas reagem ao ver que eu uso uma cadeira de rodas; como me cumprimentam; como deixam de me cumprimentar e/ou de me olhar. faz parte.

eu não me importo muito com isso. sou esclarecido o suficiente para perceber que muitas dessas pessoas não se aproximas de mim por que siplesmente não sabem o que me dizer. isso é compreensível. mas tem uma coisa que eu não admito e você, arguto leitor, já deve saber o que é: hipocrisia. eu odeio hipocrisia e gente hipócrita, masmo sabendo que eu mesmo cometo atos hipócritas sometimes. todos nós os cometemos. mas tem gente que não se liga.

sei de pessoas, meus “amigos”, que foram no guincho, logo após o meu acidente, ver o estado que tinha ficado a minha camionete, mas que não teveram coragem de ir ao hospital me ver. vão se foder, isso é o pior grau de hipocrisia e falta de respeito para com um ser humano que eu já vivi.

se me perguntarem 100 vezes se eu sou uma pessoa feliz, hoje. responderei 100 vezes a mesma coisa: sim! eu sou mais feliz hoje, por ter recuperado um pouco de mim que eu tinha deixado escondido, por ter recuperado a minha família, por ter me aproximado de amigos que eu nem imaginava fossem meus amigos de verdade. e por ter cruzado o meu caminho com a cinderela.

cinderela me mostrou que eu tenho muito a aprender. não vou cansar de repetir os elogios que eu faço a ela, por que, assim como ela, eu me considero uma pessoa especial, dotada de qualidades especiais e que tem um imã que sepre direciona para estas pessoas especiais. pode até demorar, mas sempre funciona.

todos os comentários que eu fiz a respeito dela, das qualidades inerentes ao jeito dela agir, das mãos carinhosas, da postura, das pernas, dos pés, dos olhos negros que eu amo, do beijo, do cheiro, dos abraços… tudo isso me faz gostar cada vez mais dela. e eu tenho certeza de que ela tem muitos motivos para também gostar de mim. eu e a cinderela somos diferentes. buscamos coisas diferentes. queremos mais e não nos contentamos com o ordinary. i love it.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

o amor de pinguim

frequentemente ouço alguma amiga minha, desiludida com o amor, xingando todos os homens da terra, generalizando que todos somos cafajestes, um bando de sem-vergonhas que só pensam naquilo e não estão nem aí para os sentimentos femininos. dizem que o cara não se preocupa com elas em nada; não é gentil, não levanta da cadeira quando ela chega, não puxa a cadeira gentilmente quando ela vai sentar, mal pega na mão dela, não quer ouvir histórias de amigas, não se preocupa com o sexo, enfim, um brutamontes que não se importa. uma pessoa com o coração de pedra.

pois bem, eu sempre ouço esse tipo de conversa. algumas me dizem que tem o dedo podre, que não sabem escolher; outras não precisam nem dizer nada, é notório que estão infelizes; algumas já me disseram que tinham apanhado, mas mesmo assim, continuavam com a pessoa. sim, meu amigo leitor, eu já ouvi muitas dessas histórias. sim, eu tenho muitas amigas e, sim, eu já ouvi todas essas histórias e outras bem mais cabeludas do que as que eu demonstrei acima, mas não convém falar a respeito agora.

uma coisa em comum: todas querem um príncipe encantado, que elas julgam ser o cara gentil, que faz tudo o que o brutamontes acima descrito não faz, e mais um pouco. esse cara até existe, mas tem que procurar. não é fácil achar um amor de pinguim.

estes dias eu disse à cinderela que ela tinha ganhado um amor de pinguim. aconteça o que acontecer. esse amor de pinguim é o amor que o príncipe encantado que toda mulher procura tem a oferecer. estou me comparando a um príncipe, sim, metaforicamente, mas é por que vocês, mulheres, convencionam assim.

eu estou longe de ser um príncipe, mas tenho amor de pinguim. sempre tive. sempre vou ter. tenho meus defeitos e ainda por cima vivo um drama de novela (olha a novela das nove vindo a calhar de novo). mesmo assim, tenho minhas qualidade e acredito que elas são muito maiores do que os meus defeitos e imperfeições.

sem querer ofender, ninguém, amigas, um homem bonito demais, gentil demais, limpo demais só pode ser gay. todo homem de verdade tem uma coisa feia; uma unha encravada, chulé, caspa, espinhas nas costas ou é muito peludo, ou tem tetinhas salientes. o homem precisa ter uma coisa feia pra ser homem. acreditem. mas mesmo assim, um homem é capaz de oferecer um amor de pinguim. acreditem.

o bolo de chocolate ou o amor de pinguim

além de tudo, cinderela me aprece aqui em casa com um bolo de chocolate, feito por ela, dentro da fôrma, ainda quentinho; fora o sorvete; o sorriso, os olhos negros que eu tanto amo, o perfume que invade o meu quarto e insiste em não sair (ainda bem), suas pernas lindas, postura impecável e muita simpatia. não há, até agora nada que eu não goste na cinderela.

pergunta que eu lhe faço, estimado leitor: tem como não amar uma criatura como essa? a cada dia que eu a vejo eu me apaixono um pouquinho mais; falar ao telefone com ela já é apaixonante, vê-la, tocá-la, abraçá-la, beijá-la então torna essa tarefa muito mais fácil. cinderela é apaixonante da cabeça aos pés, e isso já foi dito.

o que ainda não foi dito é que, a cada reencontro, ela vem mais carinhosa, mais fofa, mais surreal, mais real.

cinderela, se continuares assim, terás o teu amor de pinguim, no matter what happen about our lives.

domingo, 18 de abril de 2010

a onda ou o beijo que eu não esperava

cinderela veio me ver hoje a tarde. o cheiro dela deixa meu quarto todo impregnado. é um cheiro bom, doce, suave, como deve ser o nosso relacionamento. tudo sem ser pesado. ouso dizer que cinderela inventou uma frase, que eu a transformei em francês, que cabe para todo e qualquer relacionamento da face da terra, amorosos ou nao:

"les choses doivent être souples. tout ce qui devient dépendant devient lourd."

eu e a cinderela temos um lance tão bom, que eu queria que ele se perpetuasse. ouso dizer que ela me faz sentir coisas que há mito tempo eu não sentia. juro para você, esperto leitor. hoje eu senti uma onda de calor que desceu from the top of my head to the bottom of my feet. foi surreal. absurdo. nunca havia acontecido antes.

uma pessoa que me dá carinho, que é culta, inteligente, viajada, tem um ideal de vida seguro, me faz feliz, me diverte, quer o meu bem. nao se importa pela minha condição física por que sabe que eu sou um puta lutador e que, apesar das baixas nos últimos dias, não vou sossegar enquanto não caminhar de novo. it’s my ultimate goal.

e ela vai me ajudar, eu sei, de uma forma ou de outra, de perto ou de longe. sentirei a presença dela a cada instante, dentro do meu coração, naquele castelo todo branco, ornado com rosas brancas e tulipas amarelas.

i can’t wait for our next rendez-vous !

bjos doces de coração

sexta-feira, 16 de abril de 2010

très tolérante, quand-même…

tirado daqui:

Je crois que ce que je déteste encore plus, ce sont les gens que tu croises 10 fois par jour dans les couloirs, (la joie de travailler avec différentes boites dans les mêmes locaux), qui ne te calculent jamais, pas un bonjour, pas un sourire, mais qui le moment venu, se souviennent de toi parce qu'ils ont une question: "salut :-) hihi ^^ est-ce que tu sais si..."
??
"salut"?
Il est 18h connard.
(et on s'est déjà vus 3 fois et tu m'as ignorée.)
(connard⁴)

é um blog em francês que eu sigo. muito bom. =)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

crise de melancolia?

segundo a definição clássica, melancolia é:

(do grego μέλας "negro" e χολή "bilis") um estado psíquico de depressão sem causa específica. se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.

freud falava na “dor de existir”. não sei se são as minhas costas, mas pareço melancólico hoje. quero ficar na cama, sem fazer nada, mesmo me dizendo que tenho que levantar a cabeça e fazer coisas boas. cinderela sempre me diz isso: “faça coisas boas!”, mas hoje eu queria não fazer nada. pelo menos por enquanto.

você também tem isso, estimado leitor? essa… dor de existir…?

é uma coisa meio estranha e angustiante, que nos faz respirar fundo mais frequentemente, deixa o nosso sorriso virado pra baixo e parece que os nossos olhos perdem o brilho. a gente só ouve músicas calmas e chorosas, não fala muito com as pessoas. é um momento introspectivo, of course.

na wikipédia tem uma definição marcada para revisão, mas vamos lá:

é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. dentre os possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagens mentais (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de idéias).

eu não achei que essa é uma má definição de introspecção, mas enfim… eu prefiro essa à de melancolia. a partir de agora, conceitualmente, eu estou em um estado introspectivo. prefiro assim por que eu realmente estot tentando tomar consciência de alguns atos mentais que eu andei fazendo e que me colocaram nesse estado. sei que lá fora tem sol. que o dia está lindo e que eu devo sair e fazer coisas boas mas… eu sou obrigado a fazer isso?

sinto que hoje só a cinderela me salva. ou um churrasco com os amigos lá no joão puto. =)

eu prefiro a cinderela, mas se não for possível, aquelas costelinhas finas, gordurosas e deliciosamente mal-passadas vão me ajudar a sair desse estado idiota em que eu me encontro. to só pela cinderela. ;)

a insegurança do rei

era uma vez um rei que tinha muita insegurança em relação ao amor da sua rainha. chegou um momento em que ele resolveu que não iria mais pensar nisso, com medo de perder a rainha que ele tanto amava e eles foram felizes para sempre. simples assim.

dois lados

eu tenho a minha vida. ela já dura trinta e poucos anos e eu já aprendi um monte de coisas, mas por mais incrível que possa parecer, tem coisas que eu já vivi, já sei como fazer, e continuo errando. você não tem essa impressão também, inteligente leitor? essa maldita impressão de fazer a mesma cagada, over and over?

e me pergunto: será que nunca vou aprender?

no meu convívio com a cinderela, que tem pouco mais de dois meses, já aprendi muita coisa nova. coisas minhas, coisas dela, coisas da vida. a cada encontro, a cada conversa, tenho a impressão de que aprendo uma coisa, como um livro novo, que a cada página apresenta uma novidade do personagem principal ou da história em si.

entretanto, em dados momentos, mesmo com um fato claro como água cristalina, eu insisto no erro nada original de ver somente um lado da história. é aquela famosa minhoca que a gente enfia na cabeça não-sei-por-onde e custa a perceber que toda história tem, no mínimo, dois lados. isso acontece com você também, amigo leitor?

enfiar a minhoca na cabeça é um ato tão arraigado assim ao ser humano? é… normal? tem cabimento? se justifica? porque? de onde essa merda dessa minhoca vem? alguém não tem essa minhoca?

hoje eu vi uma minhoca. uma minhoca que sequer chegou a existir. how dumb!

nao tem minhocas no meu conto de fadas. não pode ter e nãi vai ter. sai minhoca desgraçada e não estraga a minha história. quem manda no meu conto sou eu e eu digo que aqui não tem minhocas, não senhor.

cinderela! eu olho para os dois lados das ruas ao atravessa-las, mesmo quando elas tem mão única.

ausência

prezado leitor, me ausentei por um motivo nobre: estava no reino da cinderela. nos encontramos e eu não tenho nada a falar. guardarei na memória tudo o que aconteceu na esperança de que aconteça muitas e muitas vezes de novo. simples assim.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

eu quero mais e eu vou ter muito mais

não vou mentir, estimado leitor. eu estou um pouco ansioso pelo meu próximo encontro com a cinderela, dentro de um pouco mais de 12h. calafrios, arrepios,mborboletas no estômago… todas essas sensações boas que um adolescente e 16 anos tem al encontrar a sua namoradinha, eu tento hoje. graças à cinderela, eu tive a oportunidade de ter isso de volta.

você, prezado leitor, sabe do que eu estou falando? se não me engano são as sensações que a gente sente quando está apaixonado, quando envolve sentimentos puros de amor e carinho. e eu acho que eu e a cinderela estamos nesse caminho.

no dia em que vocês conhecerem a cinderela de verdade, e souberem de toda a história, vocês vão rir muito. vão achar essa história tão surreal quanto nós dois achamos. vão ver que há um punhado de coincidências nessa brincadeira toda e que realmente o mundo dá muitas voltas.

quero dizer que eu estou feliz. por ter a cinderla me apoiando a cada momento. minha família do meu lado. e meus amigos me dando força pra continuar a minha luta. estou muito confiante e tenho certeza de que tudo vai ficar o melhor possível, como diria o profesor Pangloss.

só que eu quero um pouco mais do que o melhor possível, como a cinderela me disse outro dia:

“Eu quero mais ALEGRIA e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais FORÇA e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais DIAS DE SOL (com cerveja) e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais ENCONTROS COM OS AMIGOS e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais PAZ EM FAMÍLIA e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais SORRISOS e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais PESSOAS FAZENDO COISAS BOAS e eu vou ter muito mais!
Eu quero mais "CINDERELA" e eu vou ter muito mais!”

Quebrei de novo a regra das letras maiúsculas, mas acredito que seja por um motivo compreensível.

domingo, 11 de abril de 2010

dos visitas

hoje eu tive duas visitas que muito me fizeram bem.

meu pai, uma pessoa da qual me orgulho muito de ser filho veio conversar comigo. sobre de tudo um pouco. há tempos não conversávamos assim. foi uma boa conversa. antes de tudo, meu pai é um sujeito correto, íntegro até o último fio de cabelo. como qualquer ser humano tem seus defeitos também. mas não é disso que eu quero falar. eu gostaria de dizer que a conversa que tivemos hoje a tarde talvez tenha sido a mais honesta e sincera que já tivemos em anos.

minha “priminha” também veio me ver hoje. sobre ela, prezado leitor, saiba que é uma menina linda, maravilhosa, amável e que eu gosto muito dela. quem se meter com ela, se mete comigo. adoro conversar com ela. ouvir suas histórias bizarras.

cinderela, falei de ti para o meu pai, e ele desde já concorda com as tuas frases que me dão apoio e me fazem querer fazer coisas boas todos os dias. minha prima já te viu e te ama também, acho que vocês podem ser grandes amigas porque tem muita coisa em comum.

to te esperando aqui no meu reino uma hora dessas. traga as tuas damas de honra e venha divertir-se na nossa corte. serás muito bem-vinda e terás tudo do bom e do melhor.

sábado, 10 de abril de 2010

P.s.: eu te amo

The Cinderela song - foi ouvindo essa música que eu disse eu te amo à Cinderela pela primeira vez. era um domingo. era noite. foi uma noite de domingo feliz.

pesamento da hora

"ser bom é estar em harmonia consigo mesmo. a discórdia consiste em ser forçado a estar em harmonia com os outros."

Oscar Wilde

sexta-feira, 9 de abril de 2010

é uma questão acima da sobrevivência

sabe quando a gente anda pela rua e vê um mendigo, uma prosti ou uma daquelas figuras conhecidas pela falta de algum membro, superior ou inferior, ou pela sua loucura... aquelas pessoas que vem lhe pedir dinheiro no vidro do seu carro, ou na esquina da sua cidade. que lhe puxa pelo braço, às vezes, de desespero...?? sabe, visualizou?

quando passamos por estas pessoas na rua, qual é o primeiro pensamento que nos vem à cabeça? sem hipocrisia. vamos lá. pense bem. no fundo, você sabe o que pensa. é. isso mesmo. colocou a mão lá no fundo do cérebro e lembrou né... "o que essa criatura tá fazendo aqui, desse jeito, por que não se mata de uma vez e para de sofrer". generalizando, a pergunta que a grande maioria dos "seres humanos" fazem é essa, ao se deparar com tal situação.

eu sempre me fiz essa pergunta. eu costumava me fazer essa pergunta, caso um dia algo de ruim acontecesse comigo. tipo... se eu perdesse uma perna, se ficasse sem um braço, se tivesse que pedir esmola na rua, se me acidentasse e perdesse o movimento dos meus membros, etc. esse tipo de pergunta catastrófica que a gente sempre se faz quando vê uma situação parecida na televisão, ou na novela (que instrumento mais educativo, as novelas, não? principalmente essa que passa agora, às 21h). enfim, a minha resposta era sempre a mesma: prefiro me matar! afinal, esse tipo de coisa só acontece na tv, não? mas... peraí... uma dessas coisas aconteceu comigo !

caralho (desculpe, cinderela)! eu me acidentei. lesei a minha medula. sofri um TRM. perdi o movimento das minhas pernas, não sinto nada das costelas pra baixo. foi um acidente feio. na hora já não sentia minhas pernas. fiquei em uti. tomei muita morfina. fiz duas cirurgias. tenho um punhado de parafusos e barras nas minhas costas. essa merda toda dói todos os dias.

você, estimado leitor, sabe quantas vezes eu tentei me matar, desde que isso aconteceu comigo? NENHUMA! (quebrando a regra das letras maiúsculas do blog de novo. e você sabe o porquê disso? por que é uma questão que está acima da sobrevivência humana. simples assim. a gente tem esperança, a gente acha que vai resolver tudo, que tudo vai dar certo, que no fim, tudo sempre dá certo. não tem como dar errado. você acha que eu sou diferente daquele cara sem os pés que anda pedindo esmola na rua no centro da cidade? a minha esperança de um mundo melhor é a mesma dele. o meu desejo de ser igual aos "seres humanos normais" é a mesma dele. o desejo dele ter uma vida melhor é o mesmo que o meu. porra!

e sabem o que me deixa puto: é ver o amigo dentro de uma camionete mitsubishi 4x4 falar para o amigo do lado dele que o cara aquele, que pede dinheiro faz isso de propósito, e ainda comenta, debochadamente, "esse aí ó, ganha cenzinho por dia, vezes 30 dias, dá três paus!, mas ele continua ali, mendigando. baita sem vergonha. como é que ele não consegue viver com três paus por mês, me diz!?!".

eu odeio essa pseudo-elite branca, ariana, debochada e sem escrúpulos, que joga lixo na rua e que não mede esforços em driblar os impostos e suborna até a própria mãe, mas que não tem um mínimo de consciência social, que nunca parou pra pensar em outra coisa do que em si mesma. que não tá nem aí para o ser humano que está do lado dela, que não se importa com o meio-ambiente em que vive e que não colabora com nada que não dê algo em troca.

isso, senhores, se chama hipocrisia.

eu já debochei do mendigo, mas meu acidente me fez ver que eu não sou nem um pouco diferente dele.

nenhum de nós o é.

pensamento do momento

"você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim."

Mahatma Gandhi

a dor neuropática

esse é o nome da dor que me acompanha desde o dia sete de junho de 2009. é uma dor estranha de ser entendida, imagina explicá-la. grosseiramente falando, é como ter uma corda de aço bem apertada, no meu caso, na altura da parte de baixo do peito. e à medida que o dia avança a corda aperta. dia sim, outro também.

dizem que nem morfina ajuda. é verdade. já usei. não funciona. tem uma outra droga que foi desenvolvida para tentar aplacar a tal dor neuropática, uma que atua nos receptores GABA do tecido nervoso. ele até ameniza a dor, mas de tanto ir atrás de uma solução pra coisa, quem foi ficando nervoso fui eu. meu doc não pode me dar respostas; a ciência só me diz coisas ruins; os exemplos de sucesso ainda são poucos…

e a dor neuropática ali, implacável. todo santo dia. desisti de querer saber e comecei a tentar resolver de outra forma. ignorando-a. o que você acha, amigo leitor, que isso funciona? é claro que não. é aí que a gente aprende a lidar com a dor. a entender onde ela começa, por onde se espalha, o que a faz ser mais ou menos forte.

sentir dor diariamente é uma merda. não saber o porquê dessa dor faz ela ficar pior. ter consciência dela te deixa mais forte, mesmo que em alguns dias ela seja insuportável.

eu estou mais forte.

p.s.: amigos, amores e álcool, não necessariamente nessa ordem, pouco importa se juntos ou separados, ajudam a diminuir a dor. geralmente o álcool te faz esquecê-la por completo, mas ela se vinga de ti no dia seguinte. lembre-se disso. no fim das contas, o que mais acalma a dor neuropática é a ocitocina. aquela enzima que o corpo libera quando participamos de demonstrações de carinho e amor.

cinderela, eu quero mais ocitocina! =)

você quer saber mais sobre a ocitocina, clique aqui.

coisas que me roubaram

eu só quero que a pessoa que jogou fora a minha calça levi's 501 clarinha que tava toda rasgada, e que eu amava muuuuuuito, rasgue uma calça bem na bunda na hora de abaixar para pegar alguma coisa e pague o maior mico.

para o safado que roubou o meu casaco de lã customizado pelo vol fioravantte e que eu havia comprado em buenos aires em 2008 eu desejo que ele tenha uma alergia fudida à lã e fique com coceiras pelo corpo para o resto da vida.

quem ficou com a minha mantinha de 10 pesos que eu comprei na florida em buenos, também em 2008, e que era uma das peças de roupa que eu mais gostava, eu deseja que... que essa pessoa seja muito cafona e não saiba usar a mantinha como eu sabia.

e finalmente, caso o meus óculos da calvin klein que eu "perdi"no meu acidente tenha sido acidentalmente recolhido por alguém, eu desejo que essa pessoa fique míope. e que no futuro ela precise usar óculos de fundo de garrafa.

era isso.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

tengo tu sonrisa en un rincón de mi salvapantallas… siempre.

a música de jorge drexler se chama “salvapantallas”. foi a cinderela que m’a apresentou. o link do youtube tá aqui.

Tengo tu voz,
tengo tu tos,
oigo tu canto en el mío.
Rumbos paralelos,
dos anzuelos
en un mismo río.
Vamos al mar,
vamos a dar
cuerda a antiguas vitrolas.
Vamos pedaleando
contra el viento,
detrás de las olas.
Tengo una canción
para mostrarte,
talvez cuando vaya….
Tengo tu sonrisa
en un rincón
de mi salvapantallas.
Años atrás
de pronto la casa
se llenó de canciones.
Músicas y versos
que brotaban
desde tantos rincones.
Vamos al mar,
vamos a dar
guerra con cuatro guitarras.
Vamos pedaleando
contra el tiempo,
soltando amarras.
Brindo por las veces
que perdimos
las mismas batallas.
Tengo tu sonrisa
en un rincón
de mi salvapantallas.

todos querem ser joão do ovo

este texto é extraído de um blog em que eu também sou colaborador, mas o texto não é meu. o texto é do mouex, e o link para o blog tá aqui.

Entre o 12º e o 13º andar das ambições tupiniquins está “João do ovo”. No manejo de seu(s) títere(s) fazendo a vez do superego popular nosso Colombo do Distrito mais Federal que o Federal entra na área com ares de atacante matador. Quem não queria matar essa bola? De camisa 09 a turba quer marcar no melhor estilo “Gerson!!!”no canto onde a coruja dorme. Passa o sinal…fura a fila…dribla o fiscal…suborna o porteiro e GoooooLLL…! vai que é tua João…não!! vai que é nossa E viva a boss(t)a. Então, quem veio antes: o Ovo ou o João? Viva o futebol e a sacanagem… viva o estádio de direito, e dá-lhe na gorduchinha (viva a Geysa!!!) UNIBAN para todas!!! Geysa “Arruda”, pode ou quer mais? É mole… é mole mais sobe como diz o macaco Simão. Daí, quem vai nos Arrudar?  Pode chupá que é de chocolate,,,é ou não é Xuxa!! E viva o Tim Maia… chocolate’chocolate’chocolate…

Saravá…

as cartas de cinderela

hoje pela manhã, quando acordei, vi que havia três mensagens de cinderela.

na primeira, ela me fez chorar, pelas suas palavras de carinho, de força e de tenacidade, pela sua sensibilidade e muito mais coisas que não cabe contar aqui;

na segunda, me fez sorrir, com seu bom humor, inteligência e criatividade; e,

na terceira, me fez  querê-la ainda mais, amá-la muito mais, pelas suas palavras de afeto e de amor, menos evidentes do que na primeira, mas muito mais visível do que já fora antes.

como já foi dito antes, “amanhã é outro dia”. o amanhã de ontem é o seu oposto perfeito. cheio de afeto, amor, carinho e saudade.

o castelo branco

era uma vez um reino, que tinha como sede um castelo todo branco, por dentro, por fora, em cima, embaixo e dos lados. completamente branco. nesse castelo vivia um príncipe, não um príncipe comum, um príncipe triste, solitário e confuso. esse príncipe era solitário, apesar de ter uma corte grande e fiel. mas faltava ao príncipe uma princesa. uma princesa que o fizesse feliz, que o fizesse despertar coisas boas que ele havia perdido com o tempo.

eis que um dia, passeando pelo seu vasto reino, o príncipe se depara com uma donzela incomum. incomum aos olhos. incomum ao coração. uma donzela completamente diferente e encantadora. vamos dar o nome de cinderela a essa moça gentil, doce, charmosa, brilhante, linda…

desde esse encontro, a cinderela foi surpreendendo o príncipe, com a sua inteligência, sagacidade, sinceridade, espirituosidade, ternura, carinho. em seus encontros eles sempre conversavam muito, sobre qualquer coisa. talvez seja prepotente falar assim, mas eles são fascinantes, pois ousam saber absolutamente tudo, mas talvez não saibam absolutamente nada, isso não importa; wilde tem razão, e juntos, eles são, sim, fascinantes, seja por saber tudo, seja por não saber nada.

com o surgimento da cinderela, o castelo branco passou a não ter mais bobo na sua corte. o próprio príncipe divertia a todos com a sua alegria e sorrisos fartos. o príncipe transformou-se também no bobo da corte, apaixonado por sua princesa, afinal todos os bobos são felizes. e o príncipe estava feliz.

com o surgimento da cinderela, o castelo branco passou a ser decorado com tulipas. tulipas amarelas, a cor do reino antes descolorido.

em virtude das inúmeras coincidências entre os dois, o castelo mudou de nome e passou a chamar-se château maël. e a corte estava feliz. e todo o povo estava feliz. cinderela trouxe de volta ao reino a alegria e o equilíbrio.

essa história do castelo branco ainda não terminou. e nem vai terminar tão cedo. príncipe e cinderela já tiveram momentos sublimes e de extrema alegria. mas tem muito mais por vir.

até onde eu sei, o amor por eles nutrido se fortalece a cada dia. a cada hora. nos momentos em que eles olhavam as estrelas juntos e nos momentos em que, separados por léguas de distância, eles olham a mesma estrela no céu.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

uma descrição feminina interessante

whatever you give a woman, she's going to multiply. if you give her sperm, she'll give you a baby. if you give her a house, she'll give you a home. if you give her groceries, she'll give you a meal. if you give her a smile, she'll give you her heart. she multiplies and enlarges what is given to her. so - if you give her any crap, you will receive a ton of shit.

quem achou isso foi o meu mestre bidão, tirado não sei de onde, mas é engraçado.

sexo frágil

faz muito tempo que eu quero falar sobre esse assunto, mas nunca me lembrava de postá-lo aqui. faz-se necessária essa introdução.

há muitos psicólogos, médicos, médiuns, picaretas e prestidigitadores que vem dizendo que houve uma inversão da fragilidade sexual, da mulher para o homem. que a liberdade feminina e a sua busca por igualdade de tratamento em todos os aspectos da sociedade fez com que o homem começasse a expor os seus pontos fracos. na minha modesta opinião, não é preciso ter nenhum diploma pra ver que isso é verdade, apesar de termos milhões de homo erectus perambulando por aí.

a mulher quis sair de casa. quis liberdade de expressão. lutou muito por isso, e vem conseguindo em alguns pontos, já conseguiu em outros e até nos ultrapassou em certos aspectos. mas eu ainda não cheguei onde eu quero. fique calmo, astuto leitor e me acompanhe atentamente.

então, ficou convencionalmente social dizer que vivemos num mundo de igualdade sexual (assim como os sociológos acabaram com as raças: branco, negro, amarelo, etc; somos uma raça, a raça humana); então, voltando, somos iguais. vamos às características ovbiamente, socialmente e caricaturalmente marcantes que sempre diferenciaram um homem de uma mulher: mulher chora, homem não; mulher é complexa, homem não; mulher gasta demais, homem não; mulher fala muito, homem não; mulher fica em casa, homem não; mulher cozinha, homem não; mulher cuida dos filhos, homem não; acho que o arguto leitor já entendeu aonde eu quero chegar.

de uma hora pra outra (uma década, digamos) estes valores foram se invertendo, sem generalizar, nem levar ao pé da letra, por favor.

aí criou-se a convenção “homem moderno”. é o homem que chora vendo um filme, que se emociona com gestos de carinho familiar, que gosta de cozinhar, que quer agradar a mulher comprando-lhe presentes, flores, etc (gastando), que falha na cama e, por mais incrível que possa parecer, li ontem, em um artigo não sei se muito confiável, até finge um orgasmo!!

o objeto de desejo de qualquer mulher então (tirando essa parte do fingimento do orgasmo, que é deprimente, diga-se) tornou-se o homem moderno. um cara sensível, que chora, que a entende, até um certo ponto, que lhe faz uma jantinha legal com um ambiente decorado, etc. o cara moderno.

mas ao mesmo tempo, ela ainda quer aquele ogro, mal-educado, grosseiro, que não se importa com o corte de cabelo dela, que não presta atenção nas mãos, se ela pintou as unhas de vermelho 40 graus, tomate ou desejo, nem nada de moderno. tudo démodé. estou certo ou errado?

no fim das contas, pra mim, a revolução social feminina, foi masculina. a mulher continua igual, complexa pra caramba e totalmente, absurdamente incompreensível, e o homem ficou “frágil”.

é meio complicado falar sobre isso por que não sou sociológo, nem tenho uma base teórica, sou apenas um ator-observador desse jogo da vida. e me parece que as mulheres não sabem mais o que querem hoje em dia.

da minha parte, vou seguir um conselho do oscar wilde: “As mulheres foram feitas para serem amadas, e não para serem compreendidas.” ouvi essa frase pela primeira vez da cinderela. vou amá-la muito, não vou tentar entendê-la, se assim ela quiser e muito menos tentar mudá-la. como já foi dito, eu gosto da cinderela da cabeça aos pés desde o momento em que os vi, no nosso terceiro encontro.

hoje é o dia

pessoas como eu também tem depressão. afinal, a montanha-russa da vida tá aí levando todo mundo ao topo e eu buraco em intervalos e sequencias diferentes, mas vamos lá…

hoje é o dia em que eu caí. já levantei caído. estou sentindo as dores mais horríveis que eu já senti (tá, foi um pouco melodramático), mas tá doendo pra burro, todo meu corpo. isso é um resultado; de ontem, no caso. eu, feliz por fazer fisioterapia olhava, sorridente para a minha fisio e dizia: “dá pra fazer mais; tá fraquinho…”

bom, cá estou moído de dor querendo morrer.

ainda por cima, a comunicação com a cinderela hoje não tá mara. ela, cheia de coisas pra fazer, eu num acorda-e-dorme, meio dopado.

para completar a trilha do dia (desde ontem à noite) é a bossa nova de vinicius de moraes e toquinho. é como se eu tomasse um estimulante e logo depois o seu antagônico. vai dizer que ouvir os versos iniciais de que maravilha não é uma ode ao amor e à alegria: “lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver o meu amor; ela vem toda de branco toda molhada e despenteada, que maravilha que é o meu amor.”

logo depois eles tascam uma de chorar; é linda, mas é de chorar. hoje é o dia.

mas amanhã será outro dia. =)

quando a cinderela vai embora

não dá mais para esconder ou negar… eu to dependente, viciado na cinderela. ela é como um branquinho da stella, saboroso, delicioso, irresistível, doce.

quando a cinderela vai embora eu fico perdido. princesas dormem cedo, mas os príncipes ficam acordados até mais tarde. às vezes eles leem, também escrevem, podem estudar, ou até mesmo não fazer nada. mas a minha cinderela dorme muito cedo, e quando ela se vai eu fico a ver navios através dessa janela para o mundo que é a internet. só que eu já to ficando de saco cheio dessa janela.preciso achar alguma outra coisa pra me distrair quando a cinderela se vai.

começar a tentar dormir cedo é o meu dilema… será que eu consigo?

terça-feira, 6 de abril de 2010

esclarecimentos

conversando com a cinderela, com a branca de neve, sininho e a fada madrinha, resolvi esclarecer algumas coisas a respeito do que eu escrevo:

1 – antes de tudo, meu blog é um exercício de pensamentos humanistas, que preza o ser humano, acima de tudo, sem distinção de raça, credo, cor, faixa salarial, emprego, lugar onde mora, amigos, amantes, se tem ou não gatos, cachorros, cobras, borboletas estaqueadas na parede, se coleciona facas, se é sadomasoquista, não me importa a opção sexual, nem se é feio ou bonito, se tem alguma deficiência física ou mental, se odeia palmito e pepino (como eu), enfim…

2 – além disso, no meu blog você, estimado leitor, vai encontrar coisas sérias e brincadeiras; coisas reais e muita ficção. eu abro meu coração ao escrever, e sinto que isso está me ajudando a colocar vários pontos em vários “ï’s” do meu passado, no meu presente e, espero, para o meu futuro.

3 – o que eu escrevo não deve ser interpretado ao pé da letra sempre. eu sou um brincalhão por natureza. ranzinza por dna e chato por conta própria. (Nota do Mou, adicionada no dia 07 de abril: e com extrema capacidade de síntese.)

4 – sinto que tenho um débito imensurável com boa parte da minha família e o meu desastre está me mostrando isso. é uma lição que eu to aprendendo a duras penas, as minhas e as da minha família. fui um baita de um idiota durante muito tempo, mas acredito que nunca é tarde pra pedir perdão, voltar atrás, recomeçar. minha família de verdade sabe disso, por isso esteve ao meu lado desde o início da minha tragédia e me apoia muito em tudo o que eu preciso hoje. supostamente eu deveria ter morrido naquele acidente, mas eu ganhei uma segunda chance. não quero botá-la fora de novo. e o que eu escrevo aqui é uma forma disfarçada de agradecer.

5 – quem me conhece e faz parte da minha família sabe o que é verdade e o que é mentira de todas as coisas que eu escrevo. pouco me importa se o josé das couves pensa que a minha mãe não faz o necessário para o meu bem estar. eu sei, ela sabe, nós, aqui, sabemos como a coisa funciona. isso é o que importa. o josé das couves, que pensa bobagem, que se foda (desculpe o linguajar) e que vá tomar no olho do cu dele. o que ele pensa não me importa.

6 – a grande meioria dos textos aqui escritos são dedicados e falam da cinderela. ela foi o motivo principal que me fez ter vontade de escrever o que eu escrevo. de expor as minhas dificuldades, as minhas alegrias, a minha tristeza, as minhas indignações, o meu amor. isso não significa que as pessoas que mais estão ao meu redor não façam parte das histórias. elas fazem, sim. são protagonistas, tanto quanto eu, mas não quero expor ninguém. não preciso disso e não vou fazê-lo.

7 – eu não deveria estar explicando isso, mas o faço por culpa exclusivamente minha, pois fui eu que me afastei das pessoas que mais me amam. elas não me conhecem, e não me conhecem por que eu não quis que elas me conhecessem. eu sou um baita de um idiota por ter feito isso. to pagando o preço dessa negligência minha. quero recuperar o tempo perdido.

8 – sem mais para o momento, espero que a partir de agora todo mundo se entenda e entenda as minhas opções passadas. se as fiz, foi por que no momento eu achava que era o melhor para mim. e ninguém pode me julgar por isso. eu já fiz esse tipo de julgamento de várias pessoas e me arrependo demais de tê-lo feito. quem somos nós para julgar as atitudes dos outros? apenas acredito que cada um de nós é responsável pelas atitudes que toma. que cada um arque com as consequencias destas atitudes. eu to arcando com as minhas; agradeço demais por não ter morrido, por ter esta segunda chance e por ter te conhecido, cinderela. tudo isso começou contigo. mas essa conversa cabe a nós dois somente.

o soneto da fidelidade

cinderela é a mulher mais linda, fofa, meiga, cuti-cuti, divertida, inteligente, especial, espontânea, maravilhosa, corajosa, sedutora, e ao mesmo tempo simples e humana que eu conheço…

Tem como não amar alguém assim??? I don’t think so! E por essas e muitas outras qualidades que eu comecei a amar a cinderela, caros leitores. fácil assim. simples assim.

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(vinícius de moraes)

des p’tits mots en français

écouter radio nova m’a toujours donné envie d’écrire qualques mots en français, même si ça veut rien dire, ou même si j’ai aucune intention déclaré sur un sujet ou quoique soit la discussion. c’est un envie.

et franchement, cet envie d’écrire en français rencontre sur cinderela, toujours elle, un sujet auquel je n’en veux pas me débarasser. en france, en ce moment, il est huit heures cinquante-six; ce sont cinq heures d’écart. cinq heures c’est aussi, plus ou moins, le temps du voyage qui me sépare de ma cinderela. ce sont, là, six jours que je dois attendre pour m’en aller de nouveau dans son royaume. ce seront des jours, des heures, qui j’attendrai avec impatience.

cinderela, ma princesse, mon amour éternelle; tu me manques beaucoup, j’ai besoin de toi. tu m’es quelque sorte d’ange.un ange qui me protège, qui me voit pas avec ses yeux, mais avec son coeur. et c’est un couer si grand que je m’en occuperai de m’y installer. je n’en sortirai jamais. je serai son occupant, mais em même temps son garde, pour que rien de mal n’y se passe.

cinderela, je t’aime.

quatro dias longe da cinderela

daqui a pouco farão quatro dias que eu estou longe da minha cinderela, da minha musa. mas uma coisa mudou. antes estávamos longe em todos os sentidos. agora estamos longe aos olhs, mais bem pertinhos ao coração.

nossos quatro encontros foram decisivos para uma mudança de atitudes, de ambos os lados. meu amor pela cinderela já estava bem explícito. ela ainda estava com um pouco de medo, acho que ela ainda tem um tantinho de medo hoje, mas já é bem diferente do que era antes. cinderela me dizia: “tu estás com os dois pés lá na frente; eu ainda to com um pezinho lá atrás.”

pedi oportunidades para que eu pudesse tentar puxar um pouco esse pezinho de trás aqui pra frente junto com os meus. e eu acho que fui bem sucedido e trouxe aquele pezinho lindo e maravilhoso um pouco mais perto dos meus avançados pés. cinderela está caindo no meu conto de fadas. e quanto mais ela se deixa cair, mais preparado eu me sinto para segurá-la em meus braços.

e pela primeira vez na minha vida eu to preocupado apenas com o agora. sempre fui muito ansioso (continuo o sendo), mas hoje eu consigo controlar melhor isso. meu “lance” com a cinderela é light, é bom, é descontraído, divertido, inteligente, espontâneo. penso no futuro? sim, mas com muito menos intensidade, pois quero viver cada momento com ela como se fosse único (não está errado, astuto leitor, eu não quero viver com ela cada momento como se fosse o último; quero que seja como se fosse único). e tem que ser assim por que ela é única.

sei que estes quase quatro dias me fizeram perceber o quanto eu gosto da cinderela, o quanto ela me faz falta; seu perfume, seu cheiro, seu olhar de olhos negros, suas mãos macias, seus pés, seus brincos de lacinhos, seu sorriso espontâneo, seu calor, seus carinhos e beijos.

logo estou de volta ao teu reino, cinderela, vamos ver o que esse futuro próximo nos reserva. coisas boas, tenho certeza. we are golden. =)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

e se foi a páscoa

e junto com a páscoa o tempo bom… o inverno tá chegando.

hoje era pra eu ter ido almoçar com meu pai, em jaguari. por motivos de recuperação – de novo – não pude ir. cá estou eu, novamente, deitado de lado numa cama, recuperando um micro pedaço de pele que insiste em ser frágil. essa aí tá me matando no cansaço. esse micro pedaço de pele me irritou tanto ontem, que acabei por ser grosseiro com a pessoa que mais tem me apoiado e cedido seu tempo nos últimos dias.

como me senti mal… caramba.

logo que desscobrimos que a minha brincadeira era bem séria e que eu teria uma longa batalha pela frente, meu médico chegou para todos nós, da família, e disse: “não vai ser fácil. vocês são as pessoas que vão sofrer mais as consequencias disso. vocês estarão sempre por perto do marcelo e haverão dias em que ele estará insuportável. ele vai ter os motivos dele por que não é fácil adaptar-se a essa vida. vocês terão que compreender. ele terá que se esforçar para não ser tão duro com ele mesmo e com vocês.”

meus pais são separados e moram, cada um numa cidade diferente, primeiro fiquei com um; agora estou com outro. o primeiro já sofreu um pouco, o segundo está sofrendo.

eu sei que eu mudei muito desde aquele dia, mas ainda tenho muito a aprender. sou muito chato e tenho momentos de fraqueza. nesses momentos de fraqueza, jogo a merda em quem estiver na frente. deve ser uma maneira de autodefender-se. não sei. eu quero parar de jogar merda nos outros. já me sinto mal em ter que precisar de ajuda para fazer uma coisa banal; e ainda por cima em alguns momentos eu brigo com quem mais me apoia…! é tudo tão controverso, tão maluco, tão fora do comum. mas eu to me adaptando. acho que eu to melhorando.

e eu acredito que uma boa parte dessa minha mudança se deve à uma pessoa que surgiu na minha vida do nada: a cinderela. ela me abre os olhos, me acalma, me traz paz. às vezes me pego pensando se eu mereço alguém como ela na minha vida, depois de tanto lixo por que eu já passei, de tanta merd que eu fiz…

enfim, eu quero guardar a cinderela dentro do meu coração, chaveada por mil chaves, cada uma diferente da outra. é a minha segunda chance… não vou colocá-la fora. não vou mesmo.

vou lembrar dessa páscoa como a melhor que eu já tive em toda a minha vida. graças à cinderela.

domingo, 4 de abril de 2010

O tripé

este texto abaixo é obra de um jornalista de muita credibilidade que me permitiu que eu usasse o texto dele. porquê? por que nesse texto ele expressa muito claramente como funciona o nosso país; como a população é manipulaa e como os mesmos de sempre continuam urubuzando o poder. como eu disse, o meu blog também é um exercício de pensamentos humanistas, acho que marco aurélio mello é seu blog também o são. Se quiserem visitá-lo, eis o link: http://maureliomello.blogspot.com/.

“Quem frequenta o blog há mais tempo deve ter notado que, afora as reflexões sobre jornalismo e meios de comunicação, tenho uma inclinação por três assuntos que, na minha opinião, constituem o tripé que sustenta a compreensão da dinâmica de uma sociedade: a fé, o dinheiro e o poder. Não por acaso falo com alguma frequência sobre a decadência da Igreja Católica, os rumos da economia e algumas impressões sobre a política. Se o que move o ser humano é o medo e a eterna luta pela sobrevivência, o que nos faz acreditar em nós mesmos e no futuro? A fé. Mas qual é o ideal de felicidade da vida moderna? A ascendência sobre os outros, seja pelo que ostentamos, seja pelo poder que temos concentrado em nossas mãos. Quando estabelecemos este tripé, que nem é assim tão original, já que a disciplina de história ensinada nas escolas do Ocidente segue rigorosamente esta lógica, podemos entender melhor determinados papéis, sobretudo num país emergente, de democracia recente e cheio de injustiças de toda sorte. Enquanto a Igreja Católica sufocou a "vocação pelos pobres" silenciando a Teologia da Libertação, no fim dos anos 70 e durante os 80, uma "Ditabranda", como prefere chamar a Folha de S. Paulo, silenciou as vozes dissonantes desde o golpe militar e o "liberalismo do mercado" mais recentemente libertou a classe média emergente para o consumo de massas. Olhando assim, o que significou a ascenção de um nordestino, migrante, ex-metalúrgico, sindicalista e católico libertário ao poder? Significou "metaforicamente" o fim da Doutrina da Fé professada pela Igreja conservadora, o fim da hegemonia política imposta pela elite intelectual e pelas oligarquias rural, empresarial e midiática e o desmonte do modelo econônico baseado na transferência de patrimônio público para agentes privados, numa escala tão grande que transformou o Brasil num dos países mais desiguais do mundo! Por isso, digo: o que está em curso em 2010 é sim uma guerra, das Igrejas Católica e Evangélicas, por um lado; de dois modelos políticos que se opõem, sendo que o melhor deles é aquele que privilegia um pacto federativo amplo, descentralizado, em que o poder emana dos que estão mais próximos de seus representados (legitimidade); e por fim, de uma lógica capitalista que privilegia o combate à pobreza e à desigualdade pelo Estado versus a centralização e concentração econômicas de antes. Essa guerra vai ser travada num debate público explícito, portanto bom para a democracia. Mas, nos bastidores, pelas mãos da mídia - quase oligopolista - nascerá o discurso golpista, cunhado à sombra da manipulação de imagens e informações, como nunca antes na história desse país. Caberá aos que tem algum discernimento ajudar a iluminar o caminho dos cegos, para que não levemos nosso país mais uma vez ao precipício de um novo totalitarismo. O risco não é pequeno.”

antes de tudo, esse blog é humanista

você, prezado leitor, já parou para se perguntar o que significa humanista, ou melhor ser humanista, praticar atos de humanismo? acho que não né? a nossa vida é tão corrida, o famigerado “mercado” nos suga a cada dia um pouco da nossa energia boa e quando chega a sexta-feira todo mundo fica feliz por que afinal, acabou a work week e, durante pelo menos dois dias, nada a fazer é o objetivo, certo? ou não. é festa disso, um casamento aqui, um baile acolá, um aniversário bom, um aniversário chato, um aniversário de criança. ainda tem o cinema, o supermercado (principalmente para os que moram sozinhos), um mate com os amigos. não dá pra contar tudo que a gente faz ou quer fazer. logo chega o domingo a a indefectível frase: que merda, amanhã é segunda.

e o tempo de descanso passou e o que você fez de útil, de humano? praticamente nada, será a resposta da maioria.

pelo dicionário:

humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como primordiais, numa escala de importância. é uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade.”

você se importou com um ser humano, como você, feito de carne e osso? parou pra pensar que tanta gente pela rua perdeu a sua dignidade há horas, e ninguém faz nada por elas? você se importou com o seu pai, com a sua mãe, irmãos… soube se eles estão bem? você buscou fazer algo que lhe eleve a algum ponto em que você possa ajudar alguém, seja como for?

eu nunca esqueço que eu, e você também, inteligente leitor, que lê meu blog, fazemos parte de uma camada privilegiada da sociedade; uma camada muito pequena ainda, que tem acesso à internet. a maioria de nós fez ou está fazendo um curso superior, sabe falar uma língua além da nossa magnífica língua portuguesa, já fez uma viagem ao exterior (mesmo que seja em rivera pra comprar bugigangas). porra! (desculpe, cinderela) somos inteligentes, temos discernimento para saber o que é bom ou o que é ruim. frequentamos boas escolas e temos uma família que nos apoia quase sempre.

então, qual é o problema? por que há tanto lixo no mundo. porque tanta gente insite em jogar lixo pela janela do carro? por que ultrapassamos o sinal vermelho e colocamos em risco a vida de alguém que está na faixa de pedestres? temos pouco tempo? tempo pra quê? ver televisão? fazer as unhas?

nos falta gentileza. o mundo precisa de amor e de pessoa gentis. pense nisso e mude sua rotina um pouco. deixe de ver aquele jornal da noite que só quer mostrar acidentes, explosões e tiroteios. leia um livro. qualquer um. se você não tiver saco pra ler o livro inteiro, comece pela metade. quem disse que um livro deve ser lido de cabo a rabo? não gostou, feche-o. pegue outro. leia o fim dele, talvez seja interessante.

faça coisas boas. para si e para os outros. talvez a gente não consiga mudar o mundo, mas se cada um fizer a sua parte, já é um grande passo. eu faço a minha e me sinto feliz por isso. inspirado pela cinderela, of course.

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sábado, 3 de abril de 2010

a carruagem da minha cinderela não vira abóbora ou o quarto encontro

o astuto leitor deve se perguntar, nesse momento, por que diabos a carruagem da minha cinderela não vira abóbora… simplesmente porque a cinderela que eu conheço não tem esses problemas com o tempo (apesar de estar sempre em cima da hora e fazer as coisas de forma ordenada e perfeccionista mas ser senhora do seu tempo). exceção: sim. eu. tenho a habilidade de estender o tempo da cinderela.

sim, caro leitor, houve tempo para um quarto e último encontro antes da minha viagem de retorno. e nesse quarto encontro, acho que a magia dos contos de fadas, que a mim já havia totalmente enfeitiçado, jogou o seu pozinho mágico sobre os cabelos castanhos da minha cinderela. acho que foi no momento em que ela quase dormiu nos meus braços, suspirando. pude sentir as batidas do coração dela. senti aquele arrepio gostoso que percorre a nossa pele quando algo bom acontece.

obviamente, eu não vou falar, o quê, onde, quando, como nem quanto aconteceu. se me perguntarem o que achei, vou simplesmente dizer que foi um encontro surreal pelo contexto em que se deu, mas real pelas nossas atitudes; cinderela é a mulher mais especial que eu já conheci, pelo carinho, sinceridade, honestidade, pela espontaneidade e, porque não, pela coragem; se me perguntarem onde, foi no meu reino; se quiserem saber quando, vou dizer que o tempo é o senhor da razão, e que eu e cinderela temos todo o tempo do mundo; se tiverem vontade de saber como foi, já disse – foi mágico; e, se, finalmente, quiserem saber quanto, direi que foi pouco, mas foi o suficiente.

na tarde que passou voando eu comprei um livro e pedi que ela escrevesse qualquer coisa, o que achasse interessante, nas suas páginas iniciais. cinderela me escreveu que “o importante é gozar a vida”, frase tirada de um dos contos do livro em questão. eu e cinderela estamos gozando a vida. por mim, falo plenamente, por ela, suspeito que sim.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

a tarde que passa voando

depois do encontro com cinderela. o encontro em que eu consegui, ou o encontro em que ela me concedeu, fica a interpretação por conta de você amável leitor, o beijo que eu vim buscar nada mais é relevante. meu mundo volta ao normal, mas ainda um pouco anestesiado (pena que essa anestesia não faz diminuir as minhas dores).

encontro com meus amigos para tomar um café, jogar conversa fora e esperar que, de alguma forma, cinderela queira me ver novamente. a saudade é grande. eu vou embora no dia seguinte. não dá para perdermos tempo. cada minuto que passa é como um minuto que eu deixo de vê-la, que eu perco de tocá-la, que eu não consiga, ao menos, tentar mais um beijo doce e carinhosa do minha cinderela.

o fim da tarde chega e eu não tenho notícias dela. mas algo me diz que eu vou vê-la novamente. meus contos de fadas sempre terminam com finais felizes. não vai ser dessa vez que algo vai dar errado. o que tinha que dar errado já foi. de agora em diante não há como esperar coisas ruins.

a noite cai, eu ainda estou no café (eu poderia dizer taverna, mas isso é coisa da idade média e o noso conto de fadas é moderno). a minha cinderela é charmosa, gosta das coisas boas, como eu, respeita o ser humano, como eu, tem sonhos, como eu, medos, angústia, como eu.

mas quando paro pra pensar, eu tenho tudo isso e mais. tuo pra mim é intenso demais, já foi dito antes. e eu tenho uma insegurança brutal, afinal de contas, eu não sou um príncipe que pode dançar no baile real, muito menos disputar uma corrida de cavalos, quem dirá caminhar ou correr. eu tenho muitas limitações físicas, mas ao mesmo tempo eu tenho muita força de vontade e quero a cada dia buscar melhorar a minha condiçào. não me considero um coitado, muito pelo contrário. sou um privilegiado, e o sou nas mais diversas formas: pela minha família que me dá todo o suporte que eu preciso; pelos meus amigos, que nunca deixam de se preocupar comigo e também a cinderela, que entrou nessa história muito depois de tudo e pelo fato d'ela nunca ter me visto pela minha condição física, mas pelo ser humano que eu represento.

sou alguém que está atrás de um objetivo, e vou lutar muito para alcança-lo. cinderela agora também é minha aliada. à sua maneira ela me dá forças e me faz querer me esforçar mais, lutar mais, melhorar tudo.

o terceiro encontro

cinderela novamente veio ao meu reino para nos conhecermos um pouco mais e conversarmos sobre a vida. sobre a nossa convivência e, sobretudo, para trocarmos a nossa listinha de adjetivos, comtemplando aquilo que um pensa do outro.

era manhã. o tempo estava bom. eu acordei mais cedo para ficar preparado. a noite anterior tinha sido praticamente o fim do nosso conto de fadas, tal o conteúdo, a profundidade e a tristeza da conversa. de toda sorte, no horário marcado, cinderela entra no meu quarto, trazendo consigo o sorriso de uma princesa, o cheiro de uma donzela encantadora, divinamente, magicamente, e puramente linda.

nosso abraço é apertado e longo. é o nosso trato. eu preciso desse abraço.

primeiro eu entrego a minha listinha, os olhos negros da mulher que está prestes a se tornar o meu grande amor fitam aquela lista com curiosidade, alegria e emoção; logo em seguida é a minha vez. recebo a minha lista, não numa folha amarela A4, como era de se esperar, mas eu dois cartões, contendo cada um um punhado de qualidade exaltando a mim, ao que eu represento para ela.

esses encontros são sempre emocionantes. e a carga de emoção da noite anterior ainda paira no ar. mesmo assim, todo encontro com cinderela é bom, pois temos tanta coisa em comum (inclusive alguns adjetivos da listinha) que a nossa conversa sempre sai fácil, é divertida e sincera. cinderela nunca mede palavras. eu sou um pouco mais introvertido (uma cagão, diria meu pai). cinderela vive o momento e age de acordo com a situação; eu penso sempre no que está por vir. são as nossas características que nos distinguem.

a visita, que era para ser de alguns minutos já dura uma hora e meia. essa hora e meia muda a minha sensibilidade. cinderela, e somente ela, tem o poder de me transformar, de mudar os meus sentimentos, de me fazer feliz, quando estou triste, de me trazer alegria quando a tristeza está no ar.

eu já estou no terceiro encontro e ainda nào pude provar novamente o beijo doce e amável dessa criatura inigualável, que está do meu lado. me aproximo mais. ela está inquieta. o momento se aproxima. está na hora. toda pressão que eu tinha sob meus ombros, de repente, some. o encanto da cinderela paira, suave como o seu perfume, ao nosso redor. nota da cinderela: "diz para os teus leitores, caro príncipe, que a tua cantada foi bem fajuta". sem problemas, respondo. nesse caso, o fim foi plenamente justificado pelos meios.

é quase meio-dia e cinderela precisa ir. ela vai, com o seu caminhar que parece ser sobre nuvens, mas deixa, além do seu perfume, doce e agradável, uma certeza: esse conto de fadas está recém começando.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sonho meu - Dona Ivone Lara

Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe, sonho meu
Vai mostrar esta saudade, sonho meu
Com a sua liberdade, sonho meu
No meu céu a estrela-guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu

Sinto o canto da noite na boca do vento
Fazer a dança das flores no meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor

http://www.youtube.com/watch?v=GTKhvj-ZeUE

intenso

se eu tivesse que escolher um adjetivo para a minha conversa com cinderela hoje a noite, intensa seria a palavra mais adequada.

dias trás eu disse que o conto de fadas havia recém começado, and i meant it. ainda acredito nisso. como é difícil perceber coisas dentro de nós mesmo, por mais claras que elas pareçam, por mais evidentes que elas sejam. tem coisas que estão devant nos yeux, e a gente ignora. cinderela vem me dizendo coisas há dias, eu entendi tudo, tudo na frente dos meus olhos, mas preferi fechá-los e deixar acontecer. ainda estou com os olhos fechados. eu não quero abri-los e enfrentar a realidade de que um conto de fadas é infantil e mentiroso.

eu não acredito mais em papai noel e coelhinho da páscoa, mas acredito no amor puro e na mágica que envolve duas pessoas que se amam. cinderela nunca disse que me amava, mas eu juro que ela gosta de mim de uma forma diferente, talvez não seja amor, não haja uma paixão. mas os olhos negros dela (a minha cinderela tem olhos negros) não mentem quando me olham.

love is not a game

eu não jogo de amor, me recuso. cinderela pensa como eu, por isso somos únicos e especiais. o amor nos leva por caminhos misteriosos e sinuosos. o amor é uma onda que começa pequena, no meio do oceano, e empurrada pelo movimento da terra vai crescendo cada vez mais e estoura na praia com toda a força. às vezes a gente surfa essa onda, às vezes ela nos leva à areia do fundo e a gente se arranha. alguém já deixou de brincar com as ondas do mar por que um dia se arranhou na areia do fundo da praia? i don't think so.

cinderela me pediu para que eu não escrevesse muito sobre ela hoje. e eu vou respeitar o pedido dela.

cinderela, espero que o teu sono tenha sido reconfortante e calmo, como um sono de princesa. e que assim que nos encontrarmos, eu possa vê-la sorrir. que eu ganhe aquele abraço apertado e gostoso e que tudo o que está por vir seja bom e mágico, como deve ser um conto de fadas em que a cinderela é a personagem principal.