segunda-feira, 5 de abril de 2010

e se foi a páscoa

e junto com a páscoa o tempo bom… o inverno tá chegando.

hoje era pra eu ter ido almoçar com meu pai, em jaguari. por motivos de recuperação – de novo – não pude ir. cá estou eu, novamente, deitado de lado numa cama, recuperando um micro pedaço de pele que insiste em ser frágil. essa aí tá me matando no cansaço. esse micro pedaço de pele me irritou tanto ontem, que acabei por ser grosseiro com a pessoa que mais tem me apoiado e cedido seu tempo nos últimos dias.

como me senti mal… caramba.

logo que desscobrimos que a minha brincadeira era bem séria e que eu teria uma longa batalha pela frente, meu médico chegou para todos nós, da família, e disse: “não vai ser fácil. vocês são as pessoas que vão sofrer mais as consequencias disso. vocês estarão sempre por perto do marcelo e haverão dias em que ele estará insuportável. ele vai ter os motivos dele por que não é fácil adaptar-se a essa vida. vocês terão que compreender. ele terá que se esforçar para não ser tão duro com ele mesmo e com vocês.”

meus pais são separados e moram, cada um numa cidade diferente, primeiro fiquei com um; agora estou com outro. o primeiro já sofreu um pouco, o segundo está sofrendo.

eu sei que eu mudei muito desde aquele dia, mas ainda tenho muito a aprender. sou muito chato e tenho momentos de fraqueza. nesses momentos de fraqueza, jogo a merda em quem estiver na frente. deve ser uma maneira de autodefender-se. não sei. eu quero parar de jogar merda nos outros. já me sinto mal em ter que precisar de ajuda para fazer uma coisa banal; e ainda por cima em alguns momentos eu brigo com quem mais me apoia…! é tudo tão controverso, tão maluco, tão fora do comum. mas eu to me adaptando. acho que eu to melhorando.

e eu acredito que uma boa parte dessa minha mudança se deve à uma pessoa que surgiu na minha vida do nada: a cinderela. ela me abre os olhos, me acalma, me traz paz. às vezes me pego pensando se eu mereço alguém como ela na minha vida, depois de tanto lixo por que eu já passei, de tanta merd que eu fiz…

enfim, eu quero guardar a cinderela dentro do meu coração, chaveada por mil chaves, cada uma diferente da outra. é a minha segunda chance… não vou colocá-la fora. não vou mesmo.

vou lembrar dessa páscoa como a melhor que eu já tive em toda a minha vida. graças à cinderela.