quarta-feira, 14 de abril de 2010

dois lados

eu tenho a minha vida. ela já dura trinta e poucos anos e eu já aprendi um monte de coisas, mas por mais incrível que possa parecer, tem coisas que eu já vivi, já sei como fazer, e continuo errando. você não tem essa impressão também, inteligente leitor? essa maldita impressão de fazer a mesma cagada, over and over?

e me pergunto: será que nunca vou aprender?

no meu convívio com a cinderela, que tem pouco mais de dois meses, já aprendi muita coisa nova. coisas minhas, coisas dela, coisas da vida. a cada encontro, a cada conversa, tenho a impressão de que aprendo uma coisa, como um livro novo, que a cada página apresenta uma novidade do personagem principal ou da história em si.

entretanto, em dados momentos, mesmo com um fato claro como água cristalina, eu insisto no erro nada original de ver somente um lado da história. é aquela famosa minhoca que a gente enfia na cabeça não-sei-por-onde e custa a perceber que toda história tem, no mínimo, dois lados. isso acontece com você também, amigo leitor?

enfiar a minhoca na cabeça é um ato tão arraigado assim ao ser humano? é… normal? tem cabimento? se justifica? porque? de onde essa merda dessa minhoca vem? alguém não tem essa minhoca?

hoje eu vi uma minhoca. uma minhoca que sequer chegou a existir. how dumb!

nao tem minhocas no meu conto de fadas. não pode ter e nãi vai ter. sai minhoca desgraçada e não estraga a minha história. quem manda no meu conto sou eu e eu digo que aqui não tem minhocas, não senhor.

cinderela! eu olho para os dois lados das ruas ao atravessa-las, mesmo quando elas tem mão única.