sexta-feira, 9 de abril de 2010

a dor neuropática

esse é o nome da dor que me acompanha desde o dia sete de junho de 2009. é uma dor estranha de ser entendida, imagina explicá-la. grosseiramente falando, é como ter uma corda de aço bem apertada, no meu caso, na altura da parte de baixo do peito. e à medida que o dia avança a corda aperta. dia sim, outro também.

dizem que nem morfina ajuda. é verdade. já usei. não funciona. tem uma outra droga que foi desenvolvida para tentar aplacar a tal dor neuropática, uma que atua nos receptores GABA do tecido nervoso. ele até ameniza a dor, mas de tanto ir atrás de uma solução pra coisa, quem foi ficando nervoso fui eu. meu doc não pode me dar respostas; a ciência só me diz coisas ruins; os exemplos de sucesso ainda são poucos…

e a dor neuropática ali, implacável. todo santo dia. desisti de querer saber e comecei a tentar resolver de outra forma. ignorando-a. o que você acha, amigo leitor, que isso funciona? é claro que não. é aí que a gente aprende a lidar com a dor. a entender onde ela começa, por onde se espalha, o que a faz ser mais ou menos forte.

sentir dor diariamente é uma merda. não saber o porquê dessa dor faz ela ficar pior. ter consciência dela te deixa mais forte, mesmo que em alguns dias ela seja insuportável.

eu estou mais forte.

p.s.: amigos, amores e álcool, não necessariamente nessa ordem, pouco importa se juntos ou separados, ajudam a diminuir a dor. geralmente o álcool te faz esquecê-la por completo, mas ela se vinga de ti no dia seguinte. lembre-se disso. no fim das contas, o que mais acalma a dor neuropática é a ocitocina. aquela enzima que o corpo libera quando participamos de demonstrações de carinho e amor.

cinderela, eu quero mais ocitocina! =)

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