terça-feira, 6 de abril de 2010

esclarecimentos

conversando com a cinderela, com a branca de neve, sininho e a fada madrinha, resolvi esclarecer algumas coisas a respeito do que eu escrevo:

1 – antes de tudo, meu blog é um exercício de pensamentos humanistas, que preza o ser humano, acima de tudo, sem distinção de raça, credo, cor, faixa salarial, emprego, lugar onde mora, amigos, amantes, se tem ou não gatos, cachorros, cobras, borboletas estaqueadas na parede, se coleciona facas, se é sadomasoquista, não me importa a opção sexual, nem se é feio ou bonito, se tem alguma deficiência física ou mental, se odeia palmito e pepino (como eu), enfim…

2 – além disso, no meu blog você, estimado leitor, vai encontrar coisas sérias e brincadeiras; coisas reais e muita ficção. eu abro meu coração ao escrever, e sinto que isso está me ajudando a colocar vários pontos em vários “ï’s” do meu passado, no meu presente e, espero, para o meu futuro.

3 – o que eu escrevo não deve ser interpretado ao pé da letra sempre. eu sou um brincalhão por natureza. ranzinza por dna e chato por conta própria. (Nota do Mou, adicionada no dia 07 de abril: e com extrema capacidade de síntese.)

4 – sinto que tenho um débito imensurável com boa parte da minha família e o meu desastre está me mostrando isso. é uma lição que eu to aprendendo a duras penas, as minhas e as da minha família. fui um baita de um idiota durante muito tempo, mas acredito que nunca é tarde pra pedir perdão, voltar atrás, recomeçar. minha família de verdade sabe disso, por isso esteve ao meu lado desde o início da minha tragédia e me apoia muito em tudo o que eu preciso hoje. supostamente eu deveria ter morrido naquele acidente, mas eu ganhei uma segunda chance. não quero botá-la fora de novo. e o que eu escrevo aqui é uma forma disfarçada de agradecer.

5 – quem me conhece e faz parte da minha família sabe o que é verdade e o que é mentira de todas as coisas que eu escrevo. pouco me importa se o josé das couves pensa que a minha mãe não faz o necessário para o meu bem estar. eu sei, ela sabe, nós, aqui, sabemos como a coisa funciona. isso é o que importa. o josé das couves, que pensa bobagem, que se foda (desculpe o linguajar) e que vá tomar no olho do cu dele. o que ele pensa não me importa.

6 – a grande meioria dos textos aqui escritos são dedicados e falam da cinderela. ela foi o motivo principal que me fez ter vontade de escrever o que eu escrevo. de expor as minhas dificuldades, as minhas alegrias, a minha tristeza, as minhas indignações, o meu amor. isso não significa que as pessoas que mais estão ao meu redor não façam parte das histórias. elas fazem, sim. são protagonistas, tanto quanto eu, mas não quero expor ninguém. não preciso disso e não vou fazê-lo.

7 – eu não deveria estar explicando isso, mas o faço por culpa exclusivamente minha, pois fui eu que me afastei das pessoas que mais me amam. elas não me conhecem, e não me conhecem por que eu não quis que elas me conhecessem. eu sou um baita de um idiota por ter feito isso. to pagando o preço dessa negligência minha. quero recuperar o tempo perdido.

8 – sem mais para o momento, espero que a partir de agora todo mundo se entenda e entenda as minhas opções passadas. se as fiz, foi por que no momento eu achava que era o melhor para mim. e ninguém pode me julgar por isso. eu já fiz esse tipo de julgamento de várias pessoas e me arrependo demais de tê-lo feito. quem somos nós para julgar as atitudes dos outros? apenas acredito que cada um de nós é responsável pelas atitudes que toma. que cada um arque com as consequencias destas atitudes. eu to arcando com as minhas; agradeço demais por não ter morrido, por ter esta segunda chance e por ter te conhecido, cinderela. tudo isso começou contigo. mas essa conversa cabe a nós dois somente.