sábado, 3 de abril de 2010

a carruagem da minha cinderela não vira abóbora ou o quarto encontro

o astuto leitor deve se perguntar, nesse momento, por que diabos a carruagem da minha cinderela não vira abóbora… simplesmente porque a cinderela que eu conheço não tem esses problemas com o tempo (apesar de estar sempre em cima da hora e fazer as coisas de forma ordenada e perfeccionista mas ser senhora do seu tempo). exceção: sim. eu. tenho a habilidade de estender o tempo da cinderela.

sim, caro leitor, houve tempo para um quarto e último encontro antes da minha viagem de retorno. e nesse quarto encontro, acho que a magia dos contos de fadas, que a mim já havia totalmente enfeitiçado, jogou o seu pozinho mágico sobre os cabelos castanhos da minha cinderela. acho que foi no momento em que ela quase dormiu nos meus braços, suspirando. pude sentir as batidas do coração dela. senti aquele arrepio gostoso que percorre a nossa pele quando algo bom acontece.

obviamente, eu não vou falar, o quê, onde, quando, como nem quanto aconteceu. se me perguntarem o que achei, vou simplesmente dizer que foi um encontro surreal pelo contexto em que se deu, mas real pelas nossas atitudes; cinderela é a mulher mais especial que eu já conheci, pelo carinho, sinceridade, honestidade, pela espontaneidade e, porque não, pela coragem; se me perguntarem onde, foi no meu reino; se quiserem saber quando, vou dizer que o tempo é o senhor da razão, e que eu e cinderela temos todo o tempo do mundo; se tiverem vontade de saber como foi, já disse – foi mágico; e, se, finalmente, quiserem saber quanto, direi que foi pouco, mas foi o suficiente.

na tarde que passou voando eu comprei um livro e pedi que ela escrevesse qualquer coisa, o que achasse interessante, nas suas páginas iniciais. cinderela me escreveu que “o importante é gozar a vida”, frase tirada de um dos contos do livro em questão. eu e cinderela estamos gozando a vida. por mim, falo plenamente, por ela, suspeito que sim.