sexta-feira, 28 de maio de 2010

o roto falando do rasgado

esse post é dedicado a uma amiga que, antes de tudo, é um ser humano excepcional. o título do post é de autoria dela e, no momento em que ela escreveu esta frase, eu já sabia que isso viraria texto do blog.

a história começou no twitter, quando, tanto eu, quanto ela, chatos que somos, escrevemos coisas que limitam (ou se propõem a limitar) a liberdade de expressão das pessoas. você, leitor que conhece o twitter, sabe que, às vezes, é obrigado a “seguir” aquele amigo/conhecido chato pra caralho, que escreve sem parar e só escreve coisas sem sentido e sem interesse. eu, essa minha amiga e mais outras pessoas que conheço que tem um mínimo de bom senso tentamos, às vezes, com frases sarcásticas ou diretas mesmo, cercear a liberdade dos outros de escreverem aquilo que bem entenderem.

só que aqui nesse ponto, que é onde eu e algumas pessoas concordam, entra uma máxima muito difundida entre nós, de que todo chato é desproporcional. aqueles que não tem bom senso são, no mínimo, pessoas querendo chamar a atenção da tuitosfera através de  microposts chatos, desnecessários e inoportunos.

mas a nossa concordância é fator suficiente para limitar a lioberdade dos outros? o que a gente pode fazer a respeito? chamamos o fulano ou a beltrana e dizemos que ele/ela é chato(a)? simplesmente bloqueamos a pessoa e pronto?

e aí uma simples e ingênua conversa entre o roto e o rasgado vira uma questão moral, ética e filosófica profunda e de interminável discussão: quem pode o quê na internet?