terça-feira, 23 de março de 2010

eu e a minha rebelião

esta segunda-feira foi a mais inútil da minha vida. eu dormi. somente dormi. todo o dia. cinderela me disse para fazer coisas boas, e eu não fiz nada, só dormi. perdi tempo. deixei de fazer coisas importantes, úteis, que me tiram o sono agora. durmo, acordo, escrevo. vou voltar a dormir, vou acordar novamente e vou escrever mais um pouco, da qui uma, duas ou tres horas. fato

então, à noite, resolvi me rebelar contra mim mesmo, contra o big brother (não, não estou falando da magnífica obra de orwell) e às pessoas que jogam fora seu tempo para ver esse programa idiota; por que não vão transar com alguém, ler um livro (big brother, do orwell, é uma excelente indicaçao), fazer um bolo, ou até mesmo... dormir.

a grande maioria dos programas da televisão aberta no brasil e no mundo despeja litros de kiboa no cérebro das pessoas (em França seria eau de javel) e parece que todo mundo fica mumificado e falando somente sobre aquilo. Sorry, eu não consigo aceitar isso. não dá. é demais pra mim ver pessoas inteligentes perderem tempo com essa so called diversão.

tudo bem, se tem gente fazendo esse tipo de "entretenimento", é por que tem gente comprando essa merda enlatada. só pra lembrar, o diretor desse programinha chato pra caramba (cinderela diz que eu falo muito palavrão) é aquele cara que, junto com seus amiguinhos ricos do leblon divertiam-se jogando ovos e iphones dentre outras coisas nos pobres e necessitados que passavam pela rua. possivelmente drogados até não poder mais, alimentando o círculo vicioso da violência carioca e, por que não brasileira.

lembro também de alguns analfabetos funcionais que colaram grau junto comigo (junto, modo de dizer, por que eu não fiz festa de formatura, só paguei 70 reais pelo meu diploma e fui embora). gente que entrou na universidade, ficou lá cinco anos, não aprendeu porra (desculpe, cinderela) nenhuma, ganhou notas boas puxando o saco dos professores e seguindo a cartilha proposta pela universidade. eu costumava gostar desses colegas. incentivava-os a continuar assim. quem sabe, um dia eles estariam empregados em alguma grande empresa da região, sendo menosprezados pela sua formação trop généraliste, ganhando mal e reclamando da vida. de todos os meus ex-colegas, sei de pouquíssimos que estão bem. a sua grande maioria cotinua lutando por um emprego melhor, buscando seus direitos, aqueles que o curso prometia, apesar de ferem ficado no feijão com arroz.

to pensando agora se eu me saí melhor do que eles, com essa atitude. e me lembro daquele conto de voltaire sobre o velho brâmane. eu fico com o velho. se me perguntarem 100 vezes, fico com o velho 100 vezes.