segunda-feira, 29 de março de 2010

a verdade sobre a cinderela

ultimamente vários leitores tem me perguntado quem é a cinderela... ela existe? é de carne e osso? eu fiquei louco e criei um personagem imaginário? o que eu quero com a cinderela? ela vai aparecedr um dia?

bom, eu não vou responder a nada disso, curiosos leitores. vocês hão de concordar comigo que revelar qualquer uma destas questões acabaria com toda a graça das histórias.

meus textos são recheados de personagens reais, eu, por exemplo. também tem personagens reais, que circundam a minha vida de uma fora ou de outra; eles leem e se acham. e também tem personagens fictícios que me ajudam a descrever o meu dia-a-dia de forma simples, divertida e curiosa. seria o caso da cinderela? afinal por que cinderela? poderia eu ter escolhido outro nome? um nome mais real? aurora, talvez.

mas não, eu quero que seja cinderela, e cinderela será. apesar de eu ter gostado da aurora. de repente um dia aurora entre no enredo.

se a cinderela estivesse comigo nesta tarde, eu acho que ela teria gostado dos meus discursos. falei sobre mim, sobre o meu accident e sobre como isso influenciou a minha vida. falei de coisas que eu tenho feito para mim, de como mudei a vida de alguma pessoas para melhor e do que eu espero para o meu futuro totalmente incerto. e aí me perguntei: quão diferentes são as incertezas a respeito do futuro dos outros? ninguém sabe o que vai acontecer consigo daqui a cinco minutos. você sabe, caro leitor?

buscamos sempre antever nossos passos, cronometrar o nosso tempo e regular as nossas necessidades. e fatalmente, uma hora ou outra a gente acerta no que antevê, cronometra e regula. mas isso não é a regra. há uma regra?

a minha regra, agora, é não ter regras. é viver cada momento como se fosse o último, registrando cada sensação, seja de prazer, seja de dor, de alegriia ou tristeza, sem exagerar, sem ser (tão) imprudente (apesar de ser um adepto da imprudência). o que eu quero dizer é que eu procuro ver as coisas simples de forma diferente. valorizá-las. passei a amar as coisas simples. simples assim.