quarta-feira, 24 de março de 2010

o real, o irreal, o surreal e o virtual, ou a salada de frutas semântica

essas quatro definições acima fazem parte da minha vida de forma perene. faz tempo.

antes do meu accident, eu vivia num mundo irreal, fora dos meus padrões, buscando algo que até agora eu não consegui definir o que era, mas enfim, já passou e eu não quero nem mais saber do que se trata. era uma merda (ops, cinderela, sorry)

o virtual me acompanha desde que eu estava na universidade, e tive contato com gente do naipe de pierre lévy, gilles lipovetzky, pierre fayard, christian marcon, régis debret, guy masset, dentre outros, que, entre conversas informais, aulas expositivas, palestras e/ou aulas chatas mesmo; me perguntava o tempo todo, como o livro do lévy: "qu'est-ce que le virtuel?" Até hoje eu não sei direito. estudei pra caramba, li muita coisa desses caras (niklas luhman e algo de jürgen habermas também) e não descobri o que é o virtual, apesar de viver virtualmente na blogosfera, no twitter, no facebook e ter tido uma experiência mal sucedida no second life (mal tinha tempo para a minha first life, imagina controlar uma segunda???) enfim, o virtual é muito bizarro pra mim, ainda.

o que é o real? é o dia-a-dia? é ir no super comprar desodorante? sair com os amigos tomar uma cerveja? comemorar um aniversário? o que é real dessa merda toda? alguém sabe, de verdade, me dizer? eu não sei. a minha realidade é muito surreal pra dizer que ela é real, principalmente depois do meu accident.

e aí me aparece o surreal, através do virtual e do incrivelmente irreal, de umas semanas pra cá. a cinderela tá me mostrando que o surreal pode ser mais real do que a própria realidade. e dia após dia eu venho tomando lições de surrealidade real, através do virtual

tudo meio irreal né?